«Engana-se – parece-me – quem vê num museu um repositório mais ou menos exaustivo, mais ou menos solene de coisas mortas. Engana-se até – parece-me – quem vê num museu o testemunho organizado de um tempo que passou e que, enquanto tal, não mais se recuperará.
Engana-se – parece-me. Porque um museu é – ou pode ser –, antes de mais, uma Metáfora.
Sabemos todos o que podemos definir por metáfora: a "figura de retórica em que a significação habitual de uma palavra é substituída por outra, só aplicável por comparação subentendida", ou seja, um recurso estilístico que, a partir de uma palavra ou conceito explicitamente articulados, nos permite estabelecer uma ligação com uma outra palavra ou conceito que não chegámos a nomear.
E assim também um museu – e assim também este museu.»
Leia a intervenção em anexo