O Estado, as instituições públicas e privadas e a sociedade civil deparam-se, todos os dias, com novos desafios que decorrem de um sistema cada vez mais interligado e pautado por incertezas. Com o diluir das fronteiras físicas entre os Estados, as ameaças e os riscos tornaram-se globais, e o ciberespaço uma dimensão onde se propagam atividades ilícitas às quais temos de saber responder.
A segurança não se decreta nem se garante: constrói-se.
Estamos confiantes no trabalho que tem sido desenvolvido. Estamos hoje melhor preparados para reagir aos novos agentes de ameaça: temos um Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) vocacionado para a reação a ciberincidentes; temos um Centro de Ciberdefesa operacional desde 2015; temos uma unidade na Polícia Judiciária dedicada a combater o cibercrime e o crime tecnológico. Temos setores do Estado que se encontram em patamares elevados de sensibilização e maturidade em matéria de cibersegurança, por exemplo, a Saúde, as Finanças e a Defesa, e outros há que precisam de crescer.
Tem sido grande o esforço e empenho nesta área, como também ao nível do combate à atividade dos hackers em Portugal. Sabemos que não existe garantia absoluta de cibersegurança e que as organizações serão sempre vulneráveis em certo grau, mas não devemos ceder ao alarmismo. Importa, sim, proteger as instituições, não só no que respeita à vulnerabilidade dos sistemas como também no sentido de limitar e combater a motivação na origem dos incidentes – destacando-se aqui a ação das forças e serviços de segurança, com todos os indicadores a apontar para uma redução sistemática da atividade de hackers desde 2012.
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