«A poesia de Sophia ensina-nos o poder imenso da brevidade, de utilizarmos apenas as palavras exatas e necessárias, do verso "tenso como um arco, exatamente dito", imagem e resposta aos dias "exatamente vividos". É assim que Sophia tão bem sintetiza esse puro milagre que a sua poesia tão primorosamente alcança, o de encerrar um mundo em poucas letras.
Nesta sempre espinhosa tarefa de falar no encerramento de um Colóquio como este, procurarei, pelo menos, seguir de perto esta lição de contenção.
Permitam-me, ainda assim, que comece, antes de mais, por saudar a Fundação Calouste Gulbenkian e o Centro Nacional de Cultura pela organização que tornou possível este Colóquio Internacional, que homenageia Sophia, promovendo o estudo e debate da sua obra, essencial na literatura moderna portuguesa, e também da sua vida que enquanto testemunho artístico, político e social deixou uma marca tão significativa na nossa história.»
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