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Intervenções

2019-02-05 às 17h09

Discurso da Ministra da Cultura na cerimónia de atribuição da Medalha de Mérito Cultural a Manuel Gusmão

Há conjugações perfeitas como esta, de estar aqui neste lugar quase mágico, quase ficção, que é a Biblioteca do Palácio da Ajuda e prestar homenagem a um poeta e ensaísta como Manuel Gusmão, que certamente não levará a mal que o caracterize também como uma biblioteca, tanto de si mesmo, como de nós enquanto linguagem e poesia. Mas há também lugares ingratos e um deles é encerrar esta cerimónia e colocar as minhas palavras depois das de Manuel Gusmão, tão bem e tão musicalmente lidas por Fernanda Lapa e Ana Gusmão.

O que me cumpre, assim postas as coisas, é reconhecer o óbvio e declarar esta medalha como aquilo que ela pode representar face a um autor como Manuel Gusmão. Ela não vem afirmar o mérito cultural de um poeta em que os séculos de tradição são convocados para criar um depoimento singular e incisivo sobre os dois séculos em que viveu. O mesmo sobre um professor e ensaísta lúcido, dedicado e que criou, nos seus textos, formas e pontes de leitura dos grandes autores da poesia portuguesa do século XX, muitos deles seus pares e contemporâneos, como Herberto Helder e Carlos de Oliveira. Se as palavras pouco podem, quanto mais as medalhas.

Leia a intervenção na íntegra
Tags: literatura