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Comunicados

2018-08-01 às 19h06

Ministro da Cultura lamenta morte de Celeste Rodrigues

O Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, lamenta profundamente a morte de Celeste Rodrigues.

Com a música sempre presente na sua infância, a fadista Celeste Rodrigues começou a cantar aos 22 anos depois de ter aceite o convite do empresário José Miguel, proprietário de várias casas de fado e teatros. José Miguel ouviu-a pela primeira vez na Adega Mesquita no Bairro Alto, no dia em que foi desafiada para uma desgarrada. Venceu a timidez e cantou, dando assim início a uma longa carreira dedicada ao fado, deixando a sua marca e voz associadas ao fado castiço, ao fado de rua e às suas raízes.

Nascida no Fundão a 14 de Março de 1923, Celeste Rodrigues tinha uma destacada capacidade de interpretação e foi uma das primeiras fadistas, em finais da década de 1950, a atuar na RTP, ainda durante o período experimental da televisão pública. Cantou em inúmeras casas de fados, como o Café Casablanca de José Miguel, Café Latino, Marialvas ou a Adega Machado. Do seu repertório destacam-se temas como o "Fado das Queixas" e "A Lenda das Algas".

Na sua vibrante carreira, participou, em 2005, no espetáculo "Cabelo Branco é Saudade" do encenador Ricardo Pais, na altura diretor do Teatro Nacional de São João, no Porto. Ao lado de Argentina Santos, Alcindo Carvalho e Ricardo Ribeiro fez digressão europeia com este espetáculo.

Aliou os fados tradicionais aos autores contemporâneos, editando em 2007 o álbum "Fado Celeste" com letras de autores como Helder Moutinho, José Luís Gordo e Tiago Torres da Silva.

A fadista para quem cantar era uma alegria, inspirou gerações de artistas com o seu talento e dedicação.

À Família, enviam-se as mais sentidas condolências.
Tags: música
Áreas:
Cultura